Jeniffer Souza: designer gráfica vendeu mais de 20 mil em um mês após MI.

CLARA E ED:

Jeniffer, conta um pouco sobre quem você é, o que você faz? Qual seu nicho?

JENIFFER:

Meu nome é Jeniffer, tenho 26 anos, sou de Londrina, no Paraná e trabalho com design gráfico há mais ou menos 3 anos.

Eu caí de paraquedas nessa profissão, não tinha faculdade nem nada no tipo, mal sabia o que significava “design gráfico”. Sempre brinco que eu não escolhi essa profissão, ela que me escolheu.

Antes disso, meu sonho era lecionar. Cheguei a fazer faculdade de pedagogia, mas me vi desempregada e mesmo com um salário mínimo não conseguia pagar a faculdade.

Comecei a me questionar se aquilo era realmente o que eu queria: ficar naquele ambiente de sala de aula, “presa” a um tipo de grade para ensinar… e descobri que não.

Eu queria mais. Queria ensinar tudo aquilo que eu realmente penso, quem eu realmente sou. Decidi que não voltaria mais para a faculdade e entrei no meu último emprego CLT, que foi uma grande virada de chave na minha vida.

Era uma empresa bem pequena, com só 3 funcionários e nenhuma possibilidade de crescimento. Mesmo assim foi um lugar onde me conectei com pessoas muito especiais na minha vida, durante a época eu perdi meu pai e eles me deram muito apoio.

A empresa estava em crise e eu fui realmente me afundando em um poço de tristeza, até que pedi as contas. Desempregada, comecei a fazer algumas artes sem nenhuma pretensão e pensei “ok, acho que posso tentar essa área”.

Eu sempre fui o tipo de pessoa que dá o máximo para fazer algo dar certo, eu não me permito desistir antes de saber que dei tudo de mim. Foi muito difícil quando eu comecei no design, não existiam tantos cursos como hoje em dia, mas foi onde eu me encontrei.

Essa é a profissão que atualmente eu consigo me sentir realizada, também atuo como mentora e posso ensinar de qualquer lugar do mundo, ou seja, tenho liberdade geográfica. E não ensino só técnica ou aquilo que eu sei, mas também ensino sobre a vida.

Eu acredito muito que nossas dificuldades nos ensinam. Meu caminho até aqui não foi fácil, na infância cheguei a comer pão ressecado com óleo, sabe? Então hoje me sinto muito honrada por ser alguém que não desiste: sou design, empresária de Alto Ticket, professora e mentora. 

CLARA E ED:

A história da Jeni nos mostra o quão rico é a liberdade. Não só a geográfica ou de tempo, mas a de expressão também. Ser livre para expressar seu conhecimento da forma que desejar, sua arte, sua essência, isso é muito precioso.

Ela também mostra que cada história profissional começa de uma forma. A minha e a de Ed começou no mundo acadêmico, mas não precisa necessariamente ser assim. Ela não precisou fazer o percurso que todo mundo faz para ter um bom resultado, se arriscar, se posicionar, refinar seu conhecimento.

Qual foi o momento que você decidiu que queria ser premium e elevar sua Marca Pessoal?

JENIFFER:

Eu acredito que todos precisamos de uma motivação e todos temos uma causa para lutar. Por causa do início da minha trajetória, eu me endividei muito e chegou um momento onde eu queria desistir de mim, no sentido de não acreditar que eu conseguiria me destacar ou fazer algo que realmente queria.

Quando comecei no design, comecei a resgatar esse sentimento de “posso chegar a algum lugar”. Esse fogo começou a ser reacendido dentro de mim, porque depois que perdi meu pai entendi que eu era a pessoa que precisaria me motivar e acreditar em mim, já que não tinha mais ele por perto pra fazer isso.

Logo no início algumas pessoas já começaram a me pedir para ensinar sobre aquilo que eu fazia e eu vi ali uma possibilidade de crescimento. Eu sempre quis ser reconhecida por algo que eu faço bem e que também servisse as pessoas.

Hoje em dia o meu lema é: comece a fazer com aquilo que você tem. Quando eu comecei a gravar minhas primeiras aulas para enviar pelo Telegram, não tinha microfone, câmera profissional e nem nada disso. Só tinha vontade de fazer dar certo. 

Chegou um momento em que eu senti a necessidade de acompanhar pessoas que já estavam onde eu gostaria de chegar, e foi aí que conheci vocês. Sabia que era a hora de expandir além do Telegram e precisei criar coragem, afinal não conseguia nem chamar de “curso” o meu “grupo de dicas”.

Meu primeiro grupo foi gratuito, o segundo custava R$40 e fui aumentando até chegar nos R$90, onde decidi realmente transformar em um curso. 

Migrei para o Hotmart e passei muitos perrengues relacionados à gravação, memória de celular, mas mesmo assim não desisti. Fiz o lançamento do meu próprio jeito e fiz três vendas de R$397 e duas de R$597. 

Como não entendia muito, acabei ficando frustrada com o resultado porque pensava que conseguiria mais ou menos a mesma quantidade de alunos de quando cobrava um ticket baixo, agora cobrando Alto Ticket.

Até o fim de 2020 acabei me endividando ainda mais porque me perdi nessa questão de lançamentos, às vezes fechava só uma ou até nenhuma venda.